O mundo está passando por uma crise de moralidade.
O mundo está enfrentando a maior crise de todos os tempos. A maior crise de limites da história da humanidade, já registrada.
O ser humano está em crise e em risco.
Há animais em extinção, há plantas em extinção, há certos tipos de pessoas em risco de extinção.
O ser humano é o único ser capaz de inventar, de criar, desenvolver e resolver problemas complexos usando ferramentas intelectuais, usando sua mente, sua inteligência emocional.
Contrariamente ao que muitos pensam e pregam por aí afora, o ser humano está em crise e esta crise não aponta e nem nos leva para o ponto de ruptura sadio que nos causará a transformação para o bem, para a evolução e para a independência. Pelo contrário.
A crise existencial do ser humano, hoje, contrariamente ao iluminismo, ao romantismo e tantos outros movimentos pensadores, revolucionários, que, a certo modo e com algumas limitações, foram necessário para o avanço da existência humana, da ciência e da razão, o movimento que vemos, vivenciamos e testemunhamos na vida contemporânea, na verdade, é uma grande ameaça à extinção do ser humano enquanto ser que ama, que reflete a beleza da criação, que reflete a decência da natureza doce da harmonia do ser humano em sociedade.
Sim. A humanidade está em risco.
A falta de tempo para leitura e reflexão dos aprendizados, estão levando a humanidade a viverem o imediatismo, comportamento no qual a impaciência impede o exercício da compreensão de conceitos profundos da alma e do ser e estar enquanto humanos; comportamento no qual o prazer alcançado rapidamente se exibe e se destaca em contraposição ao que sacia o SER por existir em si mesmo, pois deixa de refletir sobre as consequências dos seus atos, para poder garantir a recompensa imediata - mesmo que negativa depois.
O abandono da reflexão da própria vida, das consequências dos seus atos e das repercussões das ações que, todos os dias, tomam, levam a atual geração a plantarem malefícios esperando colherem benefícios; esperam que, assim como os prazeres que experimentam na carne pela sua atitude promíscua, todos os seus atos possam gerar prazeres. Mas, enganam-se.
O prazer instantâneo, a recompensa satisfatória da solicitude do prazer, a viciosa prática da ideologia de que a rebeldia leva à satisfação pessoal, são apenas algumas das práticas atuais que apimentam a sociedade, mas em vez de nos levar ao fogo da revolução para o bem (ponto de ruptura que trará a transformação que nos fará bem), nos leva cada vez mais próximos à extinção pela revolta mentecapta, pois encobre a realidade da existência do homem enquanto SER que depende de respeito para sobreviver e desfrutar a vida.
Fato é que a existência de regras nos trouxe até aqui e que a quebra de regras e a quebra e o desrespeito pela moral instituída pelos nossos antepassados e os bons costumes sociais destruídos é que tem estabelecido o caos atual.
Os responsáveis, portanto, são aqueles que queimaram suas roupas em benefício de uma revolta contra valores morais que, na verdade, sustentavam a sociedade e que eram os pilares que sustentavam a paz do convívio social que nossos bisavós viveram e saudosamente nos contam, como se fossem tempos de contos de fadas: corrupção (quebra de regras e moral); famílias destruídas; filhos sendo criados por estranhos; filhos perdidos nas drogas e libertinagem por não poderem trabalhar na idade que mais precisam de consolidação de valores morais e apego ao bom trabalho, livres para viverem a boemia e a libertinagem, mais amantes dos prazeres e ganhos fáceis do que das conquistas oportunas e solidas pelo trabalho honesto, pela integridade de caráter
Não bastando destruírem-se a si mesmos, procuram destruir a todos juntamente consigo.
Os rebeldes sem causa sempre tentarão destruir os pilares da sociedade.
Os que não se amam a si mesmos sempre tentarão destruir os que ainda não são maduros o suficiente para defenderem-se do covil dos lobos, das ciladas das serpentes. Sempre tentarão iludir e destruir o futuro dos imaturos super inteligentes que ainda não sabem discernir entre um amigo e um ladrão de almas.
Se cada um cuidasse da sua própria vida haveriam menos problemas no mundo, menos infelicidade, mais respeito, mais solidariedade e menos, muito menos inveja, falta de educação, fofocas, intrigas, guerras, revoltas, pois cada um seria um e juntos seríamos nós em prol da esperança, da harmonia e do amor.
A cobiça seria desprezada e não enaltecida como tem sido.
Estamos vivendo dias na qual a inveja é vivida, incentivada e cultuada como uma deusa que usa a vaidade como arma e mente para seus seguidores, apresentando-se como se fosse a verdadeira autoestima, mas os maduros, os que realmente são donos de si mesmos, reconhecem que o excesso da vaidade e a ganância pela provocação da disputa entre iguais que leva à inveja insana e destruidora tem envenenado as almas em construção: crianças, adolescentes e jovens.
Estes ainda em constução, tem crescido e se tornado adultos medíocres, iludidos pela posse de materiais, desprovidos das valorosas qualidades humanas que nos tornam ricos: sabedoria, inteligência, alegria, paz, mansidão, altruísmo, compassividade, solidariedade, afeto, carinho, amor.
Acabariam-se as disputas, os adultérios, os assassinatos, os roubos, as mentiras, as falsidades. Se tão e unicamente cuidássemos de nossas vidas, saberíamos que assim como nós, o outro também necessita de tudo o que nós mesmos necessitamos. Mas, egoístas que somos nem de nós mesmos cuidamos bem, pois cobiçamos o que nunca poderemos ser ou ter, e nos penalizamos a viver uma vida de insatisfação e tristeza.
Se cada um de nós cuidássemos da sua própria vida, brilharíamos mais, seríamos mais, poderíamos mais e viveríamos mais, não só porque seria bom, mas porque reconheceríamos que cuidar do que não é nosso dá trabalho, dá cansaço, causa estresse.
Agora, se você é alguém que cuida da minha vida, ou da que outra pessoa, quem quer que seja, eu te aconselho: pare com isso! Só porque você não é feliz não significa que eu não possa ser, só porque você é mesquinho não significa que eu deva ser;
Só porque você acha que é injusto algo que aconteceu para mim e não aconteceu para você, não significa que a justiça seria feita se você também tivesse ou recebesse da mesma maneira, modo, intensidade com que eu ou outra pessoa qualquer tem ou recebeu. Afinal, para viver e possuir o que outra pessoa tem e possui, você deverá obrigatoriamente, experimentar todas as dores e sabores que o outro para alcançar e ser igual. Você gostaria disso mesmo?
E, se por um breve momento você puder assistir sua vida e suas atitudes como espectador em vez de ator, saberia: tudo o que alguém tem ou é e que você não tem e não é, passa a ser e é apenas fruto da sua incompetência e imitação em reconhecer seus erros e procurar ser uma pessoa melhor, melhor até do que aquela pessoa que você tanto cobiça, inveja, odeia, rejeita.
Não se sinta injustiçado pelo meu sucesso ou de qualquer outra pessoa! Reconheça seus pontos fracos, fortaleça seus pontos fortes e cuide da sua prórpia vida! Plante coisas boas e você colherá coisas ainda melhores. Mas, não se engane! Se você plantar inveja, cobiça, ameaças, soberba, raiva, ódio, você não colherá amor! São sementes diferentes!
E deixe que cada um cuide de seu futuro, estabeleça seus princípios! Estamos vivendo dias nos quais os cristãos tem sido perseguidos por crerem na Bíblia e nos ensinamentos contidos nela. Querem mudar a fé cristã.
Que absurdo! Ninguém é obrigado a acreditar em Jesus, nem na vida eterna, nem na salvação, nem no céu, nem no inferno, mas, se você quiser e escolher crer nessas coisas, deve abraçar o pacote de regras completo.
Quando você vai fazer um investimento, as regras são claras. Ou você aceita ou não. Ninguém é obrigado a assinar o contrato da salvação em Jesus.
Mas, se depois de todo o assunto discutido, você ainda quiser cuidar da crença de alguém, da regra que alguém segue, da ideologia de alguém, você deve ser avisado: ao tentar colocar os fracassos dos outros nos holofotes do julgamento, você também estará mostrando ao mundo todo a capacidade que estas pessoas tem de enfrentar desafios, vencer batalhas, ganhar espaços, subir degraus, driblar as artimanhas da fofoca, derrotar a inveja e por final, o que será julgado, na verdade, será apenas e unicamente a sua incompetência em tentar ser, frustadamente e por diversas vezes, um ser humano comum, ordinário, corriqueiro. Mostrarás apenas que o outro é melhor ainda, que pode mais ainda e que você não é nada ainda mais. (APC 22/10/2010)
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