terça-feira, 15 de julho de 2014

O perdão.

(texto em revisão)



O perdão é a porta que abre o caminho da salvação. Foi através do perdão que Deus se inspirou no plano da salvação, se não fosse assim, já estaríamos todos condenados e teríamos tido o mesmo fim que os homens que viviam no tempo de Noé.

O perdão de Deus nasceu, e desabrochou no cerne da Sua Onisciência, Onipotência e Onipresença. Deus sabe e é conhecedor de todas as coisas. Ele sabia que não poderia levar à frente o Seu plano de salvação com os homens que viviam na Terra no tempo de Noé vivendo e influenciando os outros homens.

A partir de Noé, Deus iniciou uma nova população de homens, desta vez, homens cujo coração poderia ouvir e atender ao chamado do Criador. Ele nos deu a oportunidade de lavar nossas almas, corpos e espíritos no sangue de Jesus e sermos purificados da injustiça do pecado que nos afasta de Deus nosso Criador.

Não por força, nem por violência, mas pelo Espírito Santo de Deus é que devemos viver nossos dias, buscando inspiração para vivermos na esperança da salvação em Cristo, combatendo o desânimo e a fraqueza com a renovação da força de Cristo, firmados em Suas promessas.

Deus nos deu vários sinais ao longo dos tempos sobre o Seu plano de salvação e nos dá orientações e testemunhos sobre como devemos proceder para vivermos uma vida de paz e uma vida após a morte também cheia de paz.

Poucos falam sobre a vida após a morte, mas é fato que algo existe e que Deus existe.

A chance de Moisés ter descrito ao ACASO com tamanha perfeição e exatidão toda a sequencia da formação dos céus, da Terra e a sequencia do surgimento dos luminares dos céus é de 1 em 31 sextilhões 1:000.000.000.000.000.000.000  A probabilidade de ele ter escrito ao acaso sem a orientação de Deus, portanto, é NULA.

Ora, se Deus declara a Sua existência e toda a magnitude do Seu poder e da Sua capacidade logo no primeiro versículo do primeiro capítulo de Gênesis, Ele declara e testemunha de si mesmo e de Sua palavra como inspirada por Ele em todas as páginas daquele livro.

Muitos tentam desacreditar a Bíblia. Mas, a declaração é simples. É um livro de fé, para os que têm fé. E colhem os frutos desta fé, apenas quem dela partilham. Dentro das leis dos homens não há como partilhar da herança de um pai de quem não se reconhece a paternidade, com quem não se mantém contato não se recebe afeto, não há como receber as dádivas de um pai com o qual se alimenta um relacionamento de ódio e rebeldia. Assim é com Deus-Pai, quem crê nas Suas palavras, quem crê em tudo o que Ele diz e disse.

Impossível ser filho apenas quando alguém deseja receber bênçãos, livramentos.

Estar certo e acertado com Deus é a única maneira de estar em verdadeira paz.

Quando Deus permite que leiamos sobre a vida de tantos heróis da fé na Bíblia, Ele nos permite aprender com cada uma de suas vidas. E algo que todos têm em comum entre si, inclusive o nosso grande e amado Mestre, o Messias, Cristo Jesus, é o perdão.

Foi pelo perdão que Deus prometeu nunca mais destruir o mundo como fez na época de Noé. Foi pelo perdão que Deus usou a José (pois ele perdoou os seus irmãos). Pelo perdão Abraão e Sara tiveram Isaque;  Ana gerou Samuel (pois tinha um coração aberto a Deus e não revoltado por ser estéril); Davi venceu Golias; Jó superou suas aflições e foi abençoado ricamente mais que antes; Maria teve um marido, José, para apoiá-la na criação do Messias; Pedro foi usado com intrepidez; João com amor nos escreveu, inspirado pelo Espírito Santo de Deus, o Apocalipse; Saulo foi transformado em Saulo; e, Jesus, foi humilhado, escarnecido, chutado, escarrado, aborrecido, foi açoitado, pendurado no madeiro da cruz e pregado na cruz, com suas carnes rasgadas Ele ficou sob o sol escaldante do deserto o dia todo, sem água, sem vestes para o proteger, teve suas narinas ressecadas, sua garganta ressecada, sua pele queimada de sol se partindo e, mesmo com toda esta dor, Ele teve amor e perdão suficientes para dizer que a profecia que nos dava a liberdade para nos achegarmos ao trono do Pai, que rasgava e anulava a cédula de condenação que havia contra nós estava sendo rasgada, e que a salvação estava dali por diante ao alcance de todo aquele que se arrependesse dos seus erros conta Deus e seus semelhantes e que tudo o que bastávamos fazer era aceitá-lo.

O processo do perdão é concluído com a mudança de comportamento. Se ser perdoado é gratificante, perdoar tem um peso maior e mais profundo.

O perdão começa pelo perdão de si mesmo após reconhecer o próprio pecado. E esta reconhecimento vem apenas pelas revelações que o espírito Santo de Deus nos dá.

Por exemplo: Cristo nos instruiu que qualquer um que olhar para outra mulher e a cobiçar, já adultera com ela. Claro que este princípio não se aplica apenas ao adultério. O que acontece aqui é que Deus sonda os corações. Se seu coração não está limpo, não adianta a sua boca tentar falar de coisas limpas. Mais cedo ou mais tarde, o coração falará do que o coração está cheio, assim, se você levanta a voz para falar e fala do que é santo, profano, imundo e pecaminoso como se estivesse cozinhando uma sopa ou até preparando uma lavagem, seu coração não está limpo.

Do fruto da boca cada um comerá o bem, mas a alma dos prevaricadores comerá a violência. (Provérbios 13:2)

Não pode jorrar de uma mesma fonte água boa e água má. De uma mesma pessoa não podem partir palavras de bênção e comentários abomináveis ao Senhor. Deus não se deixa ser confundido e toda pedra de tropeço prestará contas ao grande orquestrador da Salvação.

A mudança vem depois de nos perdoarmos pelos nossos pecados. Pois alguém mudado, não busca a própria honra, não toma para si as libações de injustiça, não se aclama ser sábio aos próprios olhos ou pelo próprio entendimento, pois se há algum entendimento e se já algum proveito em palavras, este aproveitamento é feito unicamente por Deus, de Deus e para Deus, e toda Glória deve ser dada a Ele e á Ele somente.

De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue da aliança com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça? (Hebreus 10:29)

Portanto, eu vos digo: Todo o pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens. (Mateus 12:31)

Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. (Gálatas 5:22)

Aquele que é nascido nova criatura em Cristo e permanece em Cristo todos os dias vive uma vida de perdão e de prática de amor.

O amor é a essência de Deus, sem ter amor, é impossível agradar a Deus. Quem não ama ao próximo a quem vê não pode dizer que ama a Deus a quem não vê. Do amor procedem todas as coisas. Amar a flora e a fauna que Deus nos deu e toda esta Terra que nos concedeu habitar é estar dentro dos planos de Deus.

O gozo é a alegria, a alegria em estar no cerne da vontade de Deus e não ter medo de abandonar todos os planos auto-centrados para viver o plano que Deus tem para nós, reconhecendo que Deus tem e sabe o que é melhor para cada um de nós. Obedecer a Deus é sempre melhor para nossas vidas, nos traz GOZO, nos traz ALEGRIA, mesmo em tempos de dor, angústia, perseguição ou tribulações. Na provação, o servo fiel glorifica a Deus e permanece em fidelidade como Daniel, Sadraque, Mesaque, Abdenego e Jó.

A paz é o resultante de uma vida de retidão para com Deus e os homens. A paz é resultante do respeito aos limites do que pertence ao próximo, do que é de direito do próximo, mas, principalmente, de seguir e obedecer a voz de Deus ao nos exortar, ao nos corrigir. Viver em rebeldia não traz e não pode trazer paz para ninguém. Afinal, há tempo para tudo debaixo dos céus como diz em Eclesiastes 3. Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.
Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;
Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar;
Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;
Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar;
Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora;
Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar;
Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz. (
Eclesiastes 3:1-8)

Longanimidade  ou domínio próprio é a capacidade de ter firmeza de ânimo. Ou seja, a pessoa que se permite e vive dentro de estabilidade emocional. Controlar a si mesmo e suas emoções e suas reações. O longânimo controla as suas emoções. O longânimo não é inconsequente, irreverente, inconstante e nem irresponsável. Vive suas emoções e as diferentes emoções do cotidiano sem deixar seu espírito se abater. E se fica triste, se lembra: Porque a sua ira dura só um momento; no seu favor está a vida. O choro pode durar uma noite, mas a alegria vem pela manhã. (Salmos 30:5)

Benignidade é a capacidade de ser bom. Ser bom é praticar coisas e ações para consigo mesmo e para com os outros que seja boas. A palavra de Deus diz que quem sabe praticar o bem e não o faz, comete pecado. Ser capaz de ser bom é ser alguém agradável, ser alguém que traz alegria, de gosto suave, apreciado por virtudes que trazem o melhor de Deus para as pessoas.

 Bondade, ser benevolente, ter compaixão: a bondade é a prática do que é bom. Ter compaixão de alguém que está passando por tristezas, por angústias, por perseguições, por traumas, por violências e agir em favor delas. Ser benevolente. Aplicar a ação bondosa em prol dos que a necessitam.

Mansidão: É a força revestida de veludo. É a calma, a tranquilidade e o equilíbrio emocional. A mansidão é necessária para agradar a Deus, para a convivência e para manter a paz. Quem é manso, é suave e pacífico; de temperamento fácil; meigo. Aplicar a mansidão não significa falar com voz baixa ou não ter opinião, mas, saber doar-se para o bem de quem está ao seu redor precisando de apoio, de uma palavra de conforto, de amor. Ser manso, é obedecer a Deus sem questionar. Submeter-se à vontade de Deus. Ser manso é não vingar-se a si mesmo. Ser manso, é ser pacífico, dar a outra face, nunca buscar a justiça por si mesmo, mas esperar em Deus a providência da defesa, da vingança, da honra.

Temperança:  Ser temperado é ser uma pessoa que consegue equilibrar suas próprias vontades. Particularidade de quem é comedido, de quem é moderado. Saber que o tempo de outra pessoa não lhe pertence. Que o pastor da igreja tem outros irmãos para atender, que aquela irmãzinha da igreja tem família para cuidar, que aquela mamãe-recente precisa de tempo para dormir e cuidar de si mesma; Ter temperança é saber que não podemos exigir de outros o que queremos que nos façam, mas que devemos fazer aos outros o que queremos que nos seja feito, pois esta é a Lei e os Profetas. Viver em temperança é viver na quietude e confiança de saber que Deus está no controle de tudo e que Dele partem bênção e maldição – sim, pois quem não o obedece para ser abençoado, não pode viver em uma vida de nulidade, portanto, colhe as maldições da desobediência. Viver em temperança é vier a própria vida, controlar seus ímpetos, controlar a própria língua. Ser comedido, não inventar e nem propagar coisas sobre alguém que você SABE que irão prejudicar alguém. Ser temperado, ser comedido, é saber calar-se em prol do crescimento do seu irmão. A pessoa comedida nunca fere o futuro de ninguém.

Excesso de confiança depositado em algo ou alguém, é dar crédito. Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem. (Hebreus 11:1);  Assim, se alguém não crê no que vive, não há como haver esperança pelas coisas vindouras advindas da salvação em Cristo e é uma pessoa infeliz.

Porque, assim como o corpo sem o espírito está morto, assim também a fé sem obras é morta. (Tiago 2:26); o que se diria então das obras sem a fé. Não há como haver obras de bondade, de benignidade e amor sem a fé que delas seja obtido e colhido o bom fruto do amor.

Perdoar  ao próximo é algo de mais complicado para o ser humano, afinal, perdoar é dar a chance do arrependimento, da mudança.  E perdoar independe do que nos foi feito ou quais as consequências que ainda podemos viver sobre aquilo que nos foi feito. Mas, o perdão está trelado a uma serie de ações e reações de paz. Primeiro a pessoa reconhece o que fez, sozinha. Depois, ela deve se arrepender . Com o arrependimento vem a mudança de vida, de atitudes, de ações. E com o arrependimento e a mudança, vem a bonança. Assim como os frutos do Espírito Santo de Deus passam a ser a marca registrado de todo aquele que o possui e tem intimidade com Ele, os frutos do arrependimento são claros. O genuíno arrependimento traz MUDANÇA. Se não há mudança, não há arrependimento. Se não há arrependimento, não houve pedido de perdão. Se não houve pedido de perdão, não há perdão.

Claro que não estou falando da atitude de quem perdoa a ofensa, pois quem perdoa a ofensa colhe dos benefícios de perdoar: um fardo leve, maior intimidade com Deus, uma vida de maior gozo, paz, fé, mansidão, domínio próprio, benignidade, bondade e amor.

Mas, para quem teve remorso ou pena de si mesmo por não suportar as consequências que lhe trouxeram um determinado pecado – porque errar contra o seu próximo é não amá-lo como a si mesmo, portanto, pecado é – e não teve um real arrependimento,  este colhe do fruto do que semeou somado aos frutos de toda a sua falsidade,  dissimulação,  manipulação.  E cada vez mais, o fardo fica pesado. E, Deus, como conhece o coração do homem, trata cada um segundo os frutos do seu próprio proceder.

A maior prova desta vontade de Deus é quando Jesus nos instrui e esclarece:

Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus;
Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos.
Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo?
E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim?
Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus (
Mateus 5:44-48)

Comunicai com os santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade;
Abençoai aos que vos perseguem, abençoai, e não amaldiçoeis.
Alegrai-vos com os que se alegram; e chorai com os que choram;
Sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em vós mesmos;
A ninguém torneis mal por mal; procurai as coisas honestas, perante todos os homens.
Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens. (
Romanos 12:13-18)

Bendizei os que vos maldizem, e orai pelos que vos caluniam.
Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, nem a túnica recuses;
E dá a qualquer que te pedir; e ao que tomar o que é teu, não lho tornes a pedir.
E como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira lhes fazei vós, também.
E se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? Também os pecadores amam aos que os amam. (
Lucas 6:28-32)

O perdão reflete o que Deus tem de maior em Sua essência: o Amor.

Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento.
E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes.
E o escriba lhe disse: Muito bem, Mestre, e com verdade disseste que há um só Deus, e que não há outro além dele;
E que amá-lo de todo o coração, e de todo o entendimento, e de toda a alma, e de todas as forças, e amar o próximo como a si mesmo, é mais do que todos os holocaustos e sacrifícios. (
Marcos 12:30-33)

O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece.
Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal;
Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
O amor nunca falha; mas havendo profecias, serão aniquiladas; havendo línguas, cessarão; havendo ciência, desaparecerá;
Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado.
Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor. (
1 Coríntios 13:4-13)

Que possamos buscar em Deus a Palavra que satisfaz a alma, pois o tempo está acabando. Jesus está ás portas e Ele vem para levar a Sua noiva. Não nos enganemos. Este é o tempo das primeiras dores e todo aquele que estiver dentro da vontade de Deus com suas vidas cheias do Espírito Santo de Deus subirão com Ele para os Céus, mas todo aquele que for encontrado em falta, falta de perdão, falta de arrependimento, falta de obediência a Deus, falta do Espírito Santo de Deus e seu fluir sem barreiras, será deixado para a purificação amarga que acontecerá na grande tribulação, cujas dores não passarão e o sofrimento será constante e sem O Consolador.

Glórias a Deus pela Sua palavra. Aleluia.

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